O que é
O Psicodrama é uma abordagem da psicologia que utiliza a expressão verbal e não verbal como via de acesso de investigação dos conflitos que envolvem as relações interpessoais. Como diz o próprio Moreno, criador do Psicodrama, Um método que aprofunda as verdades da alma através da ação. Dessa forma, o Psicodrama se apresenta como uma importante ferramenta capaz de tornar conscientes as emoções disparadas nas diversas formas de diálogos.
Objetivo
O Psicodrama e suas ferramentas favorecem a ampliação da capacidade de observar aspectos verbais e não verbais da comunicação e das relações. Facilita o foco nas emoções através de expressões corporais, propiciando assim, não somente a identificação de bloqueios, mas principalmente o desenvolvimento de novas respostas adaptativas para o momento atual. Facilita e desenvolvimento da criatividade para atuações adequadas diante de novas situações. Nesse sentido, favorece o desempenho de papeis, a ampliação da visão de si e do mundo. Ao entrar em contato com sua espontaneidade suas ações serão mais coerentes, livres e responsáveis em direção ao protagonismo consciente e co-criador do universo.
Como funciona
Durante uma sessão de Psicodrama o cliente, indivíduo ou grupo, é convidado a reviver no “palco psicodramático” – nome dado ao espaço onde se desenvolve a ação – a situação ou o aspecto que deseja ver revisitado, a fim de buscar uma nova resposta frente ao conflito outrora vivenciado. Assim, o principal objetivo do Psicodrama é auxiliar de maneira gradativa, por meio de um aquecimento, o despertar da espontaneidade frente a uma situação conflitante, para que a criatividade, inerente ao ser humano, possa se fazer presente na como principal recurso de solução de conflitos, sejam eles internos ou interpessoais.
Jacob Levy Moreno
Pai do Psicodrama, médico psiquiatra nasceu na Romênia em 1892, teve sua vida dedicada aos pobres, excluídos, prostitutas, prisioneiros, refugiados e doentes mentais. Praticante do Hassidismo, filosofia originária da cabala e do judaísmo, Moreno praticava o anonimato de suas obras e concebia o ser humano como centelha divina, co-criador do Universo, e como tal deve ser livre e responsável por suas ações. Portanto, o ser humano na visão de Moreno, é um ser cósmico, que está sempre em relação, sendo que esta deve ser estimulada a ser vivida de maneira horizontal. Ou seja, com respeito às diferenças, independente dos papéis desempenhados.